26 de jul. de 2011

Briefing – soluções a partir do problema

Toda necessidade do contato de um cliente a um designer pressupõe-se da necessidade de uma solução visual a fim de elucidar um problema. Para tanto, identificar o problema e esclarecer todos os detalhes que o envolve é receita para o sucesso.


É na origem do problema que arte e design tornam-se distantes, tomando novas dimensões. Na arte, o problema é estabelecido pelo próprio artista, que expõe suas ideias sem necessidade de apelo estético ou semiótico, é fazer a arte pela arte… uma necessidade de autoexpressão. No design o problema é externo ao designer, que propõe soluções ao problema de acordo às necessidade deste terceiro, normalmente repre¬sentado na figura do cliente.


A fim de satisfazer as necessidades do cliente e solucionar seu problema, cabe ao designer a habilidade de identificar e caracterizar de maneira significativa o problema de seu cliente. A ên¬fase na etapa de identificação e caracterização deste problema é responsável pela boa execução do projeto, suas necessidades para com seu público e para com a sociedade em geral.


O Briefing é a ferramenta utilizada para registrar detalhadamente as necessidades e características do projeto. Trata de uma coleta de informações capazes de descrever o problema, as características e necessidades do público e da solução visual a ser criada. Se desenvolver um projeto de design fosse comparado ao processo de preparo de uma receita culinaria, o briefing seria a receita e conteria todos os ingredientes e fórmulas para se alcançar o sucesso.


Não existem fórmulas perfeitas para a criação de um briefing, muitos fatores aleatórios e específicos que variam de projeto a projeto são levados em conta, tornado fórmulas e modelos ineficazes. Ressalta-se porém, que um bom briefing deve conter informações específicas e estratégicas sobre o mercado, o projeto e o cliente, algumas dessas informações são melhor esclarecidas abaixo:


MERCADO


Exclarecer o perfil do consumidor: determinar a faixa etaria, renda media, classe social, sexo, estilo de vida, anseios, e todas outras mais que você ou seu cliente determinarem necessarias para melhor esclarecer as características do projeto;
Exame detalhado do setor do mercado: esclarecer quem são os concorrentes diretos e indiretos do produto de seu cliente, quais as vantagens competitivas do seu cliente frente aos concorrentes, qual o capital de giro financeiro do setor de mercado e do produto, etc;


PROJETO


Definir as pessoas-chave e suas responsabilidades: identificar a entidade “proprietária” do projeto, o responsável por arcar com os encargos financeiros, por tomar as principais decisões, são algumas das questões relevantes dessa sessão do documento. É nesta fase também que são definidos quais entidades são capazes de influenciar as fases do projeto e comprometê-lo, cabendo recorrer à essas entidades a fim de tornar-lo íntimo do projeto e tomar parte de suas opiniões sobre o mesmo.
Definição de prazos, orçamentos e custos: identificar esses fatores são cruciais para utilizar o Briefing como ferramenta de planejamento estratégico e agenda de objetivos a serem cumpridos e apresentados em determinados prazos. Às definições de orçamentos e custos cabe conferir a viabilidade de se desenvolver o projeto.


CLIENTE


Esclarecer os objetivos do projeto: nessa parte, cabe entender e esclarecer algumas questões do projeto junto ao cliente tais como:
  • Por que é necessário esse projeto? (É passível que o cliente acredite que precisa de um novo catálogo de produtos, e no limiar dessas questões você identifique que ele precisa revitalizar sua marca);
  • Qual o motivo da periodicidade deste projeto?
  • Quais são os resultados estimados a serem alcançados com a resolução desse projeto?
Identificar a Missão, Visão e Valores: identificar esses três conceitos de marketing na filosofia da empresa e do produto/serviço são cruciais para desenvolver a comunicação eficiente das soluções desenvolvidas.


A finalizar, este artigo não tem como objetivo profetizar um modelo perfeito de Briefing, mas despertar a curiosidade dos leitores para algumas características que devem compor um bom Briefing e que nem sempre são levados em conta.


Artigo por Diego Nunes, originalmente publicado no COMICs & DESIGN

25 de jul. de 2011

‘NADA SUBSTITUI O PODER DOS LIVROS’ – Roberto Feith fala sobre mercado, iPad e novos leitores

Notícia retirada da Coluna Direto da Fonte de Sônia Racy do Estadão.

‘NADA SUBSTITUI O PODER DOS LIVROS’

24 de julho de 2011 | 23h00

Direto da fonte

Roberto Feith fala sobre mercado, iPad e novos leitores

Formado em História e Economia, ele sempre quis escrever, mas acabou fazendo carreira na Rede Globo, como correspondente internacional. De volta ao Brasil, Roberto Feith cometeu a “loucura” de comprar a editora Objetiva. E, em 2005, vendeu o controle acionário para o Grupo Prisa-Santillana, um dos líderes internacionais do setor. Ele falou com a coluna diretamente de seu escritório, no machadiano bairro do Cosme Velho, Rio. Na pauta, os desafios de uma nova sociedade de consumo cultural.

Editar livros é bom negócio?
Pode ser um bom negócio, mas o mar está turbulento. O piloto tem de ficar atento, porque qualquer equívoco custa caro. Uma metáfora que me ocorre é a da dança das cadeiras. A quantidade de editoras é crescente, mas, quando a busca parar, as empresas que não estiverem estruturadas vão sobrar.

Por que os livros são tão caros no Brasil?
Olha, recebemos um agente internacional recentemente e ele ficou revoltado com a tarifa do taxi, com os preços dos hotéis e dos restaurantes. Maiores do que em qualquer cidade americana. E o livro não é diferente de outros produtos. Por outro lado, quero deixar claro: levantamentos da Fipe mostram que os preços médios dos livros no Brasil estão caindo. Principalmente por causa da publicação de edições de bolso e da entrada de novas editoras no mercado, que aumentou a concorrência

O mercado editorial brasileiro tem aumentado proporcionalmente à população?
Não, não segue o mesmo ritmo. A curva de evolução do mercado editorial se mantém colada à curva do poder aquisitivo das classes médias e baixas. É o que mostram pesquisas tanto do Sindicato dos Editores quanto da Câmara Brasileira do Livro. O ritmo de subida ou descida é praticamente o mesmo.

Se tivesse condição financeira, o brasileiro leria mais?
A gente fala muito da necessidade de alfabetizar, do contingente de pessoas recém-alfabetizadas como perspectiva de crescimento do mercado. Só que, antes de atingir esse segmento, existe o nicho dos alfabetizados que têm o hábito da leitura, mas que não consomem tantos livros porque os salários não permitem. É um contingente significativo, que tem influenciado o crescimento do mercado nos últimos anos.

As novas tecnologias têm influenciado no hábito da leitura?
Elas são uma maravilha. Eu tenho usado bastante, porque viajo constantemente e preciso ler muitos originais. O Brasil ainda não sentiu o impacto da chegada do livro digital, porque ainda não tivemos a disseminação dos dispositivos digitais. Há muitos iPads, mas eles têm um monte de funções, e a leitura é apenas uma delas. Já os aparelhos que foram desenvolvidos só para leitura, como o Kindle, não estão presentes de forma significativa no País. Quando isso acontecer, o livro digital decolará.

Quanto custa para o consumidor baixar um livro no Kindle? E quanto fica com o editor?
De modo geral, as editoras vão cobrar pela versão digital de 30% a 40% menos do que pela versão em papel. A evolução do mercado digital no Brasil ainda é muito limitada. A editora que lança um título em formato digital tem de investir também em uma versão impressa. Nos EUA, o mercado digital está ameaçando a sobrevivência das livrarias. Aqui, o impacto será mais lento e menor.

O livro de papel vai acabar?
Por enquanto não. Temos um universo muito grande de pessoas que só agora está entrando no mercado da cultura. Isso deve garantir mais um período de crescimento das livrarias nacionais.

Como as editoras buscam novos talentos?
Temos “batedores” em Londres, nos EUA e em Paris. Eles buscam títulos que possam atrair leitores, identificam novos autores. No Brasil, o contato com as agências literárias continua sendo importante. Isso faz parte da rotina, mas não é suficiente. A intuição não pode ser desprezada. O faro e a subjetividade podem definir o sucesso ou o fracasso de uma editora.

Você teve uma carreira como jornalista. O que fez com que se voltasse para os livros?
Depois que me formei em História e Economia, queria ser jornalista, pensava em escrever. Aí surgiu um emprego na TV Globo, em Nova York. Viajei o mundo inteiro, conheci a sociedade de diversos cantos do planeta. Nesse tempo todo, o apelo pela palavra escrita permaneceu. Quando surgiu a oportunidade de comprar uma pequena editora, chamada Objetiva, o impulso falou mais alto. Todo mundo dizia, na época, que eu era maluco por trocar a TV por uma mídia ligada ao passado. Mas liberdade é poder fazer o que a gente gosta. Acho que fiz muito bem.

Como você compara o conteúdo dos livros com o conhecimento gerado pela televisão?
No caso da ficção, o livro te permite uma viagem mais profunda e mais completa. Dificilmente o audiovisual ou a internet poderá oferecer o mesmo. Mergulhar plenamente no livro agrega conhecimento. É uma experiência sedutora, insubstituível.

Como você vê a produção intelectual brasileira?
Enquanto no resto do mundo a sociedade se move para proteger e estimular a criação intelectual, aqui tem gente querendo fazer o movimento contrário. As pessoas não trabalham de graça. Ninguém passa anos escrevendo um livro sem remuneração. Se autores brasileiros não forem estimulados, nossos alunos terão de usar cada vez mais publicações criadas no exterior, onde a produção intelectual é resguardada.

Por que iniciativas como a Flip são importante para o País?
A Flip e as Bienais do Livro têm um efeito multiplicador enorme. A valorização dos autores e de seus trabalhos é indiscutível. No caso da Flip, em que se procura trazer para o Brasil autores estrangeiros de qualidade, isso se torna uma forma importante de disseminação da cultura, do talento, do conhecimento.

Como a literatura brasileira é vista lá fora?
Está muito aquém da visibilidade do País como um todo. Eu vivi fora do Brasil nas décadas de 70, 80 e 90. Desde então, venho viajando a trabalho e acho que é indiscutível o crescimento do interesse global pelo Brasil. Mas isso não tem eco na literatura.

O que o Brasil tem de fazer para aproveitar essa oportunidade?
Os editores têm de apresentar as obras de autores brasileiros para seus parceiros internacionais. O governo triplicou a verba para a tradução. Acho muito bom. É uma possibilidade real que se tem para acelerar o processo. Nossa editora produz uma revista literária, a Granta, que nasceu na Inglaterra e agora está fazendo uma versão brasileira. Na edição nacional, que será apresentada no ano que vem, vamos abrir espaço para os jovens talentos brasileiros.

22 de jul. de 2011

Como fechar arquivos para impressão

Algumas dicas sobre fechamentos de arquivos e os cuidados que o designer deve ter antes de entregá-lo para a gráfica. Esse post é muito importante, deixará seu trabalho mais bonito, bem feito e evitará problemas na produção do seu material.

  • Sangria de no mínimo 3 mm para todos os lados;
  • Elementos a pelo menos 3 mm longe do corte;
  • Todas as imagens e vetores precisam estar em CMYK;
  • Quando usar uma cor pantone, usar um referência impressa, pois os monitores não reproduzem as cores exatamente iguais as impressas, e pode ter um grande variação;
  • Sempre transforme os arquivos em curvas, ou anexe as fontes no arquivo;
  • Sempre deixar as páginas centralizadas, para não correr o risco de na hora do corte, a página ser cortada errada;
  • Vernizes, auto-relevo e clichês dos impressos devem ser feitos sempre em uma cor só (preto), e sempre adicionar uma página com esses arquivos;
  • Não copie e cole elementos de um programa para outro (Photoshop para Corel, por exemplo), pois este elemento, devido a essa diferença dos software, não sairá no fotolito ou terá problemas na criação do mesmo, e o fotolito terá que ser refeito;
  • Evite utilizar imagens de baixa qualidade no desenvolvimento de seu layout. Recomendamos imagens com 300dpi no mínimo, para que a imagem na impressão fique sem pixels;
  • Quando utilizar em seu layout algum fundo preto, use sempre 20% das outras cores, como mostra a seguir: Cyan: 20%, Magenta: 20%, Yellow: 20% e Black: 100%, para que a tonalidade do fundo preto saia mais escura e fique com uma aparencia mais bonita;
  • Sempre que utilizar transparência ou sombreado em qualquer fonte, imagem ou vetor de seu arquivo, converta em bitmap o objeto que sofreu a transparência ou sombreado, pois estes efeitos geram muitas falhas na revelação do fotolito.
  • Espero que coloquem essas dicas em prática para evitar eventuais dores de cabeça na gráfica. 
Artigo originalmente publicado no Chocoladesign

20 de jul. de 2011

Oportunidade de Emprego

Empresa: EDLR Comunicação
Local: Belo Horizonte/MG.

Tipo de profissional: Criador/ Web designer
Descrição: Atuar no departamento de arte, com criação de peças e campanhas publicitárias. Necessário domínio do Pacote Adobe CS5 - Illustrator, Photoshop, InDesign e atuar com criação de conceitos, desenvolvimento de layouts, montagem e manutenção de sites. Necessário conhecimento em: Pacote adobe, domínio de Flash, HTML, Jquery, estratégia digital. Enviar currículo e portifólio por e-mail.
Assunto: “Criador/Web designer"

Tipo de Profissional: Estagiário Designer
Descrição: Estudante de designer com conhecimentos de programas para área gráfica e web 
Assunto: “Estagiário Designer”

Site/ E-mail: contato@edlr.com.br (indicação MINASCOM).


Oferta originalmente publicada via MINASCOM

Livro de Papel: Papel impresso

Ouvimos muito hoje em dia que o livro no seu formato atual está com os dias contados. As previsões catastróficas ganharam força com o surgimento dos tablets e e-readers (em especial o kindle) e que estes substituiriam as obras no seu formato impresso em detrimento do formato digital.
Motivos para comprovar tal tese não faltam: Os livros digitais são mais baratos que os tradicionais; com os tablets é mais fácil e prático a organização da biblioteca; segundo a Amazon a venda de e-books já supera a venda dos livros tradicionais. Todos esses fatos vão de encontro, teoricamente, com o fim do livro impresso.
Porém previsões similares surgiram quando os computadores pessoais foram popularizados. Na época os rumores diziam que o uso do papel impresso iria diminuir drasticamente, e o que de fato aconteceu foi exatamente o contrário: o volume de papel impresso não pára de crescer ano a ano. A mesma comparação, ainda que prematura, pode ser feita do livro impresso com relação aos e-books.
Independente do formato, o fato é que sempre existiu a necessidade de expressão do ser humano. A escrita foi a forma mais abrangente encontrada desde os primórdios para perpetuar os pensamentos e a história do homem, e que nos últimos séculos assumiu como melhor formato e mais popularmente conhecido o livro impresso.
Antes do livro, e propriamente do papel, o homem usou diferentes tipos de materiais para se expressar através da escrita: Folhas de palmeira, ossos de baleia, dentes de foca, conchas, cascos de tartaruga (pobres tartarugas), pedra, barro, casca de árvore, bambu e seda. Você consegue imaginar um livro escrito no formato de conchas ou cascas de árvore? Pois antes do surgimento do papel os registros de escritas tinham formatos realmente esquisitos, mas que eram usados pelas antigas civilizações.
A invenção do papel deu-se na China por volta do ano 105 d.C. a partir de materiais baratos, como casca de árvore, extremidades de cânhamo, farrapos de algodão e redes de pesca rasgadas. O processo do papel como conhecemos hoje, a partir da madeira, só foi melhorado no século XIX com os processos de trituração de madeira para conseguir a pasta de celulose, possibilitando assim a melhoria nos processos industriais e agilidade na fabricação.
Existem diferentes tipos de papel hoje em dia, sendo que os mais usados para a impressão de livros e revistas são os papéis bíblia, jornal, offset e couchê. Os dois primeiros contêm o nome de onde são mais comumente usados, sendo que o bíblia tem como destaque o papel finíssimo, quase transparente, deixando o livro mais leve e fácil de ser transportado, enquanto que o jornal é o de mais baixo custo, porém menos resistente e durável.
Os outros dois tipos de papéis possuem qualidade mais elevada. O papel couchê tem como característica sua microporosidade, isso faz com que a tinta depositada permaneça na superfície dando um ar mais vivo a impressão, utilizado em material promocional e em revistas. Já o offset tem um custo menor que o couchê, não contém a mesma característica de microporosidade, porém é resistente a ação da umidade e tem bastante versatilidade, sendo utilizado em folhetos, cartões e livros.
Outras características são importantes principalmente para a impressão de livros como a opacidade (transparência) do papel, brilho, textura, direção das fibras, entre outras. Porém o parâmetro essencial de qualidade do papel é a gramatura, que nada mais é do que a grossura e densidade do papel, e que está intrinsecamente ligado ao peso final do livro. Usualmente são utilizadas gramaturas de 75 a 90 g/m² e para papeis mais encorpados pode-se chegar até 150g/m².
Devido a história para se chegar ao papel impresso e ao livro podemos dizer que este é um formato definitivo e consolidado através dos séculos, fato este que a venda de livros impressos cresce ano a ano em diferentes países do mundo e inclusive no site da Amazon. Verdade ou não, esse é um fato que somente o tempo irá comprovar. Por ora deixamos os visionários com suas previsões sobre fim do papel impresso, e para os apaixonados o cheiro das páginas dos livros de papel.
Artigo originalmente publicado no blog meiapalavra

19 de jul. de 2011

Plágio acadêmico - saiba o que é


O plágio acadêmico se configura quando um aluno retira, seja de livros ou da Internet, idéias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa.

Um pouco sobre o que diz a lei:
- Código Civil - Art. 524: “a lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que, injustamente, os possua”.
- Código Penal - Art. 184: "configura como crime de plá­gio o uso inde­vido da pro­­priedade intelectual de outro".

Então, qual é a forma correta de colocar estas idéias no texto acadêmico?

O Departamento de Comunicação Social - Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da Universidade Federal Fluminense, por iniciativa da Comissão de Avaliação de Casos de Autoria (biênio 2008-2010), elaborou uma cartilha com o objetivo de explicar aos alunos o que é exatamente o plágio, problema tão presente hoje em dia no ambiente universitário. Além das implicações ético-legais sobre o tema, o aluno encontrará na cartilha quais são os tipos mais comuns de plágio, exemplos de quando ocorrem e a forma correta de escrever um texto científico. Também conhecerá o que é o conjunto de licenças Creative Commons, um modelo alternativo ao sistema tradicional de copyright.

15 de jul. de 2011

7 mitos de um bom trabalho: algumas certezas que atrapalham seus projetos editoriais

Seja por um bom senso equivocado ou um hábito que se tornou uma certeza repetida por você, no dia a dia do seu trabalho você pode estar realizando tarefas de uma forma que esteja contribuindo para corromper e até conduzir seus projetos editoriais ao insucesso.


"O cliente atrapalha o meu trabalho, ele não sabe o que quer"

O cliente pode não saber qual o melhor produto ou solução para a sua necessidade, como uma revista impressa, um hot site, uma solução em mídia móvel, mas ele sabe muito bem que tem uma necessidade a ser atendida. Normalmente o cliente desconhece a capacidade que você possui de lhe dar uma solução que satisfaça plenamente as necessidades dele. Portanto, pense no seu trabalho de forma que você possa entregar a ele,continuamente e assim que possível, uma solução ou produto de forma que ele possa validar se você esta atendendo a necessidade . Mas e se ele mudar de idéia após você mostrar o que já fez até então ? Realmente o cliente pode mudar de idéia durante o seu trabalho, solicitar uma mudança no lay-out, inclusão de mais um texto, etc. Primeiro, se foi o cliente que solicitou a mudança você estará atendendo a uma necessidade dele. Segundo, se ele está solicitando a mudança e você ainda tem outras coisas a fazer que ainda não foram feitas é o momento de mostrar ao cliente que a alteração que ele está solicitando vai afetar as outras coisas que você tem a fazer. Portanto o cliente somente estará atrapalhando o seu trabalho se você não ajudá-lo a descobrir a melhor solução ou produto para a necessidade dele.

"Fazer mais tarefas ao mesmo tempo é o melhor"

Talvez você inicie várias tarefas simultaneamente, como revisar um livro e revisar uma revista, pois cada uma delas possui um “cliente” esperando e pressionando. Cada cliente quer que a tarefa dele progrida e constantemente pergunta “já terminou?”, forçando-o a comutar repetidamente para a tarefa dele para que algo seja feito e reportar o progresso. Outro motivo é que você simplesmente julga que pode ser melhor se você comutar as tarefas de um mesmo cliente, sendo uma forma de otimizar o todo. Mas executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo quase sempre é ruim. Entre outros fatores que se somam está o tempo de raciocínio que leva para “entrar no trilho” para tornar-se criativo ou organiza-se para iniciar ou reiniciar a tarefa. Para tarefas como redação, revisão, etc, ligadas fortemente a capacidade intelectual esse tempo pode ser uma parte significativa do tempo total da tarefa quando se faz multitarefa. Existem algumas tarefas onde o tempo de ajuste é desprezível e não é um fator preocupante, mas essas são poucas no mundo do trabalho intelectual ou então são tarefas que não afetam outras ou seus resultados. Estimativas indicam que o ajuste, ou tempo de raciocínio, pode igualar ou mesmo exceder o tempo real da tarefa, para tarefas altamente cognitivas. Assim, você esta lidando com multitarefa nociva. A forma mais rápida de completar uma tarefa é começá-la e continuar nela até terminá-la. Você pode, então, concentrar-se na tarefa e no cliente. É mais rápido e fornece o melhor serviço ao cliente. Quando você comuta de tarefas, o risco de problemas com a qualidade também aumenta. Corre-se o risco de esquecer o que foi feito e o que não foi feito. Corre-se para retornar a outra tarefa e então se passa por cima de pequenos detalhes neste ajuste. Se houver reclamação sobre as outras tarefas, porque a fila do "a fazer" está muito grande, prioridades devem ser negociadas.

"Vou encantar o cliente entregando mais do que ele solicitou"

Você elabora um produto ou solução, como um hot site ou a produção gráfica de um jornal, que atenda a necessidade do cliente e percebe que pode entregar um "algo mais", talvez algo que atenda a uma necessidade futura ou que incrementa o produto tornando-o melhor que o solicitado. Muitas vezes cria-se uma série de premissas do que é qualidade para o cliente e falha-se no processo de comunicação, você não conversa bem com o cliente e tem uma percepção diferente da qualidade requerida pelo cliente. E aí você pode criar uma série de investimentos e gastos acreditando que aquilo que você está entregando é algo de qualidade, pois tem "tudo" e muito mais que o cliente deseja, mas isto pode acarretar em desperdício de tempo, dinheiro e não garante a satisfação do cliente. Comunique-se com o cliente, identifique o que ele deseja e entregue a ele o que foi solicitado e acordado. Estando o cliente já satisfeito com o que foi entregue é o momento de propor melhoras e o "algo mais" que poderá encantá-lo, desde que ele concorde.

"Tenho tempo suficiente para fazer esta tarefa, depois eu a inicio"

Se você tem tempo suficiente para terminar uma tarefa como a diagramação de um livro ou revisão do conteúdo de uma revista, quando você irá iniciá-la ? Você talvez você não responda, mas a verdade é: "no último minuto possível!" A sua assinatura do aplicativo de diagramação expirou ou aquele ajuste final para que o site ficasse exatamente como o solicitado pelo cliente não vai acontecer. Seja porque apareceu algo mais importante que a preparação daquela imagem para o site, ou você ficou esperando até o cliente definir melhor sobre as cores a serem usadas ou você não sabia que a assinatura do aplicativo ia expirar ou simplesmente não gosta de realizar a tarefa a ser feita. Quando você faz a tarefa no último minuto possível você terá tempo para resolver algum problema não esperado ? Vai se preocupar com a qualidade do que está sendo feito ? Honestamente, não! Nem sempre você terá todas as informações e conhecimento necessários para iniciar uma tarefa. Se você ficar esperando ter tudo isto para iniciar a tarefa você pode entrar em um estado de paralisia. Além disto, alongando o prazo para iniciar a tarefa pode haver mudanças das necessidades do cliente das quais sua tarefa necessita. Sendo assim, a paralisia é alimentada e prolongada. A síndrome do estudante (lembra-se de estudar para a prova no último minuto ?) ou procrastinação é um mal que atinge invariavelmente todas as pessoas nas mais diversas situações. Este é um gerador de grande parte dos seus problemas. Quanto mais você procrastina, maior a tendência a falhar na tarefa que você deve executar. Qualquer fator externo que cause variações na execução da tarefa fará com que você consuma seu tempo estimado ou até cause atrasos adicionais. Além disto, o fato pode se tornar grave quando você ou a equipe não percebe (ou percebe, mas não quer admitir) que o atraso foi causado pela procrastinação, e jogam a culpa do atraso no fator externo. Pois a melhor forma de evitar comprometimento é a ignorância. Lembre-se que procrastinar é uma escolha totalmente pessoal, não implica em fatos externos. Além disto se você estimou fazer uma tarefa um determinado tempo e a realiza em metade deste tempo estimado, você está passando a impressão para seu gerente ou cliente que poderia fazê-la em menos tempo e na próxima vez que for negociar uma estimativa de tempo com eles, ficará sem argumentos e será forçado a diminuí-la. Focar na tarefa a ser feita e iniciá-la para quando foi planejada é a melhor forma de evitar futuros problemas. Se não gosta muito de fazê-la, melhor ficar livre logo dela. Se há outras tarefas atrasando a que deve ser feita, negocie com seu gerente ou cliente as mudanças adequadas no planejamento desta tarefa. Em grande parte dos casos, você precisa ter uma visão macro e saber o suficiente para iniciar a tarefa. Durante a execução da tarefa ela será evoluída e incrementada por meio de uma comunicação e colaboração intensa e direta com o cliente.

"O melhor é deixar uma boa margem de segurança em cada tarefa"


Se você sabe qual é o último minuto para iniciar uma tarefa, evitando a procrastinação, então você sabe quanto tempo vai durar uma tarefa (dada alguma probabilidade), quando você se dedicar a fazê-la. Mas o que preocupa você é tudo aquilo que pode dar errado na tarefa, todas as interrupções e se os recursos estarão disponíveis quando você precisar. Além disso, você adia o trabalho até o último momento possível, não porque é preguiçoso, pelo contrário, está trabalhando duro, tem muitas outras tarefas a fazer (multitarefa). Estimativas, sobretudo de prazo, que são dadas para as suas tarefas não devem embutir segurança, folga ou "gordura" para absorver possíveis problemas, interrupções, etc. Quando você faz isto você esta contribuindo para que todas as suas tarefas tenham alguma segurança, caso seus colegas de trabalho também façam o mesmo, as tarefas deles também terão alguma segurança e assim o conjunto de tarefas a serem realizadas estão com segurança extra que talvez nunca seja usada. Além disso, o seu gerente toma as tarefas estimadas com segurança por você e seus colegas e adiciona a sua própria segurança. Quanto mais níveis, mais segurança pode ser adicionada. Toda essa segurança adicional prolonga a data de término do trabalho e, de fato, não protege contra a incerteza. Algumas vezes você acaba por inflacionar suas estimativas porque sabe que o nível acima poderá cortá-las. Parece ridículo e é. Estime uma tarefa pensando que você irá dedicar seu tempo a iniciá-la e terminá-la evitando a multitarefa nociva, sem interrupções. Para responder a uma pergunta sobre prazo, pense: “Se eu iniciar esta tarefa no último minuto, quando isso seria?”. Caso algum problema ocorra ou você perceba que é necessário dedicar mais algum tempo para aprimorar a qualidade do resultado da sua tarefa, como fazer ? Segurança adicional deve ser embutida ao final de um conjunto de tarefas afins ou no final do projeto de forma a acomodar problemas eventuais. Desta forma você será impelido a realmente iniciar e finalizar a tarefa no momento certo e caso, somente no caso, de algo dar errado, você poderá consumir a segurança embutida ao final das tarefas afins ou do projeto, segurança esta que com certeza será menor que a soma de todas as seguranças embutidas em todas as tarefas, caso fosse feito assim.

"Fiz minha parte, se der errado a culpa não é minha"

Você é o especialista em programação visual do site da sua empresa, está trabalhando em um projeto do site com mais outras 5 pessoas. O redator do site fica doente e não pode executar as tarefas dele durante um tempo, como fazer ? Bom, você já fez as tarefas de sua especialidade, este é um problema do seu gerente ou de outras pessoas da empresa, não seu...correto ? Não! Você esta trabalhando no projeto, trabalhando para alcançar o objetivo do projeto que depende de todas as tarefas de todas as pessoas envolvidas no projeto. Se alguma tarefa do projeto não for feita o objetivo do projeto não será alcançado e, portanto não adiantou você executar todas as suas tarefas, o projeto foi um insucesso para todos os envolvidos. Fazer somente tarefas de sua especialidade não garante o sucesso do projeto, garante que você é um especialista. Isto não é ruim, mas não é suficiente. Executar tarefas de outra especialidade pode contribuir para alcançar o objetivo do projeto e o sucesso. Se neste caso você fica preocupado com a qualidade e o prazo do que você fará, realmente ela poderá ficar comprometida, mas isto somente ocorrerá para uma primeira tarefa desta outra especialidade, em tarefas posteriores da mesma especialidade seu conhecimento será incrementado e prazos e qualidade serão melhor alcançados. Portanto, além do ganho para o sucesso de suas tarefas, digamos, fora de sua especialidade, você irá adquirir novos conhecimentos. Com estes novos conhecimentos, sua compreensão sobre as tarefas de outros especialistas de sua equipe aumentará e você poderá contribuir ainda mais e eles a você. Como haverá maior colaboração, menos documentação será necessária para manter o conhecimento sobre o que está sendo feito. Menos problemas ocorrerão, pois todos da equipe terão maior percepção a cerca das incertezas que rondam cada trabalho. Um bom especialista é alguém que concentra uma grande habilidade, embora possua habilidades e compreensão mínima em outros domínios.

"Diga ao cliente que já completei metade do trabalho e ele ficará tranquilo"

Quando você é perguntado por algum cliente ou por seu gerente sobre o progresso da sua tarefa, você poderá dizer: “já fez metade (50%) do que tinha previsto”. Dizer isto a um cliente ou gerente tem o mesmo significado para eles que dizer que você lavou metade do carro. Nem sempre a metade que você ainda não lavou do carro gastará o mesmo tempo do que foi lavado, nem o mesmo custo, nem terá o mesmo resultado. Pois não se conhece ao certo a forma que você trabalha, a dimensão do carro, a manutenção da qualidade, etc. Portanto, o interessante é apresentar resultados perceptíveis ou palpáveis pelos quais o cliente possa facilmente identificar seu progresso como por exemplo ao diagramar uma peça de apoio a vendas de uma empresa, preparar uma rafe onde se prevê a disposição de texto e imagens sem a finalização.

Reflita sobre seus hábitos de trabalho e procure ampliar as possibilidades sobre o que você pode mudar para melhorar e garantir o sucesso em seus projetos editoriais.

O que faz um UX Designer?

É muito interessante como várias pessoas já ouviram falar e algumas até se intitulam UX Designers sem ao menos saber do que se trata. Ou então aqueles que colocam na BIO do Twitter: UX, UI, Web and Graphic Designer.


Muitos Designers, principalmente os WebDesigners, acham que o UX Designer tem a mesma função que um UI Designer e vice-versa. É bom deixar claro que são duas categorias que praticamente se interdependem, ou seja, você não desenvolve a interface de um programa, site ou app sem que tenham pensado cada detalhe de como vai ser a experiência do usuário antes. E talvez a experiência do usuário não seja 100% se não tiver sido projetada uma boa interface.


Vejam dois vídeos explicativos






ILUVUXDESIGN part I from lyle on Vimeo.

ILUVUXDESIGN part II from lyle on Vimeo.

Artigo orinalmente publicado via: ChocolaDesign

10 de jul. de 2011

Eventos de comunicação e mídias sociais no segundo semestre/2011

Lista de vários eventos de comunicação e mídias sociais no Brasil previstos para o segundo semestre de 2011:

21 e 22/07
ExpOn 2011
Local: Frei Caneca, São Paulo (SP)
Inscrição: até o dia 15/07 R$ 949,00
Saiba mais: http://virou.gr/jliWt6

30/06 a 02/07
Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo
Local: Universidade Anhembi Morumbi, Campus Vila Olímpica, São Paulo (SP)
Inscrição: Jornalista R$ 400,00 // Estudante R$ 260,00 (associados pagam menos)
Saiba mais: http://virou.gr/mFHm2e

17 a 22/07
7º Mutirão Brasileiro de Comunicação
Local: PUC-Rio
Inscrição: R$ 80,00
Saiba mais: http://virou.gr/jqfBwa

01 a 06/08
I Congresso Mundial de Comunicação Ibero-Americana e LUSOCOM 2011 – VI Encontro Lusófono de Ciências da Comunicação
Local: Vários locais em São Paulo (SP)
Inscrição: até 30 de junho R$ 250,00
Saiba mais: http://virou.gr/mg5nM0

17, 18 e 19/08
2. edição You Pix Festival 2011
Local: Museu de Arte Contemporânea, Bienal, São Paulo (SP)
Inscrição: Gratuita
Saiba mais: http://virou.gr/iUrnrP (ainda não tem nada sobre a 2. edição)

30/08 a 01/09
III Musicom – Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Música Popular
Local: Faculdade Boa Viagem, Recife (PE)
Inscrição: R$ 20,00 estudantes de graduação // R$ 30,00 estudantes de pós-graduação // R$ 40,00 demais interessados
Saiba mais: http://virou.gr/ivwnGe

02 a 06/09
XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
Local: Unicap, Recife (PE)
Inscrição: até 28 de junho R$ 310,00 não sócio e R$ 100,00 estudantes de graduação e recém graduados
Saiba mais: http://virou.gr/m6yFbl

19 e 23/09
Social Media Week
Local: São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) simultaneamente
Inscrição: Gratuito
Saiba mais: http://virou.gr/khnZIh

13 e 14/10
SimSocial – Simpósio de Pesquisa em Tecnologias Digitais e Sociabilidade
Local: Faculdade de Comunicação da UFBA, em Salvador (BA)
Inscrição: Gratuito
Saiba mais: http://virou.gr/j4nzEa

27 a 29/10
Feira Comunica 2011
Local: Expo Center Norte, São Paulo (SP)
Inscrição: Gratuita
Saiba mais: http://virou.gr/jXhOpL

03 a 05/11
9º Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo
Local: UFRJ, Rio de Janeiro (RJ)
Tema: “Jornalismo e Mídias Digitais”
Saiba mais: http://virou.gr/mgBNPv

16, 17 e 18/11
XI Seminário Internacional de Comunicação
Local: Faculdade de Comunicação Social da PUC-RS, Porto Alegre (RS)
Saiba mais: http://virou.gr/l6f6zx

7 de jul. de 2011

Tema: uma escolha na área da Comunicação



Esse texto foi desenvolvido para oferece dicas aos alunos que estão no processo de escolha de um tema de pesquisa. Essas dicas podem auxiliar aquele aluno que está em dúvida sobre a escolha do seu tema ou aquele aluno que quer ter certeza de que escolheu o tema mais adequado para a sua investigação, na área da Comunicação. A proposta aqui apresentada visa organizar ideias acerca das práticas investigativas específicas do curso de pós-graduação em Projetos Editoriais Impressos e Multimídia, bem como procura estruturar os campos de interesse da pesquisa, propriamente direcionadas para a elaboração dos trabalhos de conclusão de curso (TCC).

Tema: como e qual escolher?
Quando você, aluno, começa a buscar e pensar sobre o tema que gostaria de pesquisar, ou aparece vários temas em sua mente ou nenhum tema lhe passa pela cabeça. Então, como escolher o tema de pesquisa?

Selecionei alguns requisitos para ajudar na escolha do tema:

- O tema deve ser prazeroso e interessante para você.
Não esqueça que vai passar meses agarrado a este tema. Já que o TCC é obrigatório, pelo menos exerça a liberdade de escolher algo que lhe dê algum prazer.

- O tema deve ser exequível quanto ao tempo de execução.
Não planeje algo que demanda mais tempo do que você dispõe. Não gere suas próprias frustrações.

- O tema deve ser exequível quanto ao acesso às fontes de pesquisa.
Se seu trabalho exige acesso a informações privilegiadas, assegure-se de que tem este acesso antes de ir adiante. Se o acesso não é garantido, o melhor a fazer é mudar de tema ou de objeto de investigação.

- O tema deve estar adequado ao seu universo de conhecimento básico.
Você gosta de livro? Estude percepções do livro. Sempre gostou de discutir os meios de comunicação? Pense em uma problemática nesse campo. A mesma lógica vale para as disciplinas do curso, que envolvem projetos editoriais, como livros, revistas, jornais, portais, sites e aplicativos multimídia em contextos institucionais, sociais, culturais, científicos ou gerenciamento de projetos e produtos comunicacionais.

- O tema deve ter relevância histórica e científica.
A menos que seu trabalho tenha caráter histórico, é importante que você escolha temas contemporâneos. A relevância científica está associada ao interesse público e à validade que seu trabalho demonstrará, pelo referencial teórico e pela metodologia utilizados.

- O tema deve oferecer uma abordagem original.
Para isso, é preciso avaliar o que vem sendo feito e propor um objeto novo ou um novo olhar sobre um objeto já pesquisado.

- Ser pertinente à área de conhecimento.
Ou seja, estude temas na área da Comunicação. Procure identificar os objetos estudados nas disciplinas do curso que está fazendo na pós-graduação.

Para alguns alunos, a pesquisa e a redação de um trabalho científico pode ser algo fácil e agradável, enquanto para outros este processo pode ser um verdadeiro martírio. E sei que você pensará em jogar tudo para o ar, caso seja um martírio. Mas, procure um tema com o qual você se identifique. Não copie trabalhos prontos. Siga as normas de formatação e apresentação de trabalhos científicos e garanto que será mais prazeroso o trabalho a ser desenvolvido.

O primeiro passo de um projeto de pesquisa é, obviamente, definir o tema, ou seja, o que se pretende pesquisar. Qual pergunta visa ser respondida com este estudo? Não basta apenas descobrir a "pergunta" que se pretende responder, é preciso, ainda, descobrir que "respostas" já foram dadas para ela. Ou seja, é preciso analisar o que já foi pesquisado sobre o tema e, muito provavelmente este exercício acabará por reformular a pergunta. Não é porque ela já foi respondida que ela não possa ser novamente formulada.

Temáticas abordadas na área da Comunicação
Aqui estão, de forma geral, as temáticas que vêm sendo pesquisadas no campo da Comunicação:

Jornalismo –
jornais, imprensa sindical ou institucional, jornalismo alternativo ou comunitário, história da imprensa, telejornalismo, radiojornalismo, revistas de informação, webjornalismo, fotojornalismo, jornalismo especializado, gêneros jornalísticos, rotinas de produção, critérios de noticiabilidade, identidade profissional do jornalista, ética jornalística e observatórios de mídia.

Publicidade – estratégias publicitárias, estudos de marca, marketing de relacionamento, criatividade, criação, consumo, análise de publicidade em meios segmentados, história da publicidade, marketing, marketing cultural, marketing de responsabilidade social, merchandising, propaganda e espaços urbanos, relação entre arte e publicidade, design gráfico, jingles, propaganda institucional, marketing eleitoral, propaganda política, ensino de publicidade e propaganda.

Fotografia – análise de produtos, relação com a arte, representação, impacto da tecnologia.

Cinema – análise de filmes, métodos de produção, captação de recursos, distribuição, mercado audiovisual, linguagem e história do cinema.

Editoração – produção, leitura, livro, diagramação, revistas científicas e histórias em quadrinhos.

Música – consumo, tipos, representações e impacto da tecnologia.

Tecnologia – cibercultura, redes sociais, comunidades virtuais, blogs, interação com usuários, desenvolvimento de tecnologias, plataformas midiáticas, programas, modos de interação, impacto das redes digitais no consumo de produtos culturais, computação gráfica, escrita coletiva e convergência dos meios.


A pesquisa é um problema?
Pesquisadores são seres problemáticos. Se seu projeto não tem um problema, é você que está com um, e dos grandes. Sem problematização, não há pesquisa. Lembrem-se do garoto com o zíper aberto (exemplo que conto em sala de aula).

Problema é a questão a ser respondida pelo trabalho. Não é, porém, uma questão simples. Ela já vem polida por uma certa reflexão teórica. É uma questão que já tomou forma em sua mente, derivando de questões teóricas e de sua observação sobre um fenômeno. No nosso caso, derivando da observação sobre um fenômeno do campo da Comunicação e amparando-se em reflexões tanto desta área quanto de áreas que lhe são afins.

Busque ajuda, troque ideias com outros professores.

Instigue-se, provoque-se, investigue-se. Você é o que você questiona.

4 de jul. de 2011

Links sobre tipografia

Vários links sobre tipografia contendo artigos, catálogos, etc.

Catálogos Tipográficos para baixar
http://www.tipografos.net/cadernos/cadernos-de-tipografia-2007.html
http://www.tipografos.net/cadernos/cadernos-de-tipografia-2008.html
http://www.tipografos.net/cadernos/cadernos-de-tipografia-2009.html
http://www.tipografos.net/cadernos/cadernos-de-tipografia-2010.html
http://www.tipografos.net/cadernos/index.html
Artigos sobre Tipografia
http://www.designemartigos.com.br/tipografia-historia/
http://www.designemartigos.com.br/arauto-fonte-tipografica-para-textos-e-jornai/
http://www.designemartigos.com.br/tipografia-cultura-historia-criacao-e-metodologia/

Receba gratuitamente um catálogo tipográfico em casa no site www.fontfont.com
Receba gratuitamente um catálogo de papéis da suzano em casa no site www.suzano.com.br/portal/

Extraído de postagem no grupo projetoseditoriais2011 com a contribuição de Diego Nunes